“Falar é a melhor solução”. É com essa frase que a campanha Setembro Amarelo - que conscientiza as pessoas sobre o suicídio - ganha força. Muitas vezes, falar sobre o assunto é uma maneira de acolher e compreender quem passa por situações que levem a ideias de tirar a própria vida. Durante muitos anos, o tema e até a palavra foram envoltos por muitos tabus. Com o tempo, as coisas mudaram no mundo e, em 2015, no Brasil, a campanha se tornou ainda mais forte e presente na vida de muita gente. O Folha Forte conversou com psicólogos sobre o tema e a entrevista você confere abaixo:
Foi exatamente sobre o slogan que o psicólogo Rafael Bezerra falou. Para ele, a frase da campanha (“Falar é a melhor solução”) desmistifica várias questões e, desta forma, se pode compreender e ajudar aqueles que precisam de apoio. Já a psicóloga Camila Batista fala sobre o senso de comunidade. Para ela, é fundamental que a comunidade esteja atenta aos sinais apresentados pelo outro, procurando compreender o que ele sente, para ajudar naquilo que é possível. A especialista também ressalta que “há casos nos quais é necessário o acompanhamento de um profissional, porém em algumas situações uma escuta atenta já favorece aquele que está necessitando de um apoio”. A psicóloga pontua fortemente que “o cristão precisa buscar agir com empatia com o irmão, estando atento e disponível à demanda do outro, agindo com sensibilidade.” O psicólogo Hugo Carvalho compartilhou do sentimento dos demais profissionais e ressaltou que todos nós somos capazes de ajudar as pessoas através da empatia e da escuta.
Sabemos que este é um tema delicado e pouco falado, mas, como bem nos lembrou Rafael Bezerra, “nós, Cristão Católicos, somos a favor da vida, portanto precisamos nos conscientizar para acolhermos as mais diferentes formas de vida, que por alguma situação e/ou adoecimento têm ideias suicidas.”
Antes de julgar a situação do outro, que tal chamá-lo para conversar?! Um dos especialistas reforçou alguns pontos de interesse sobre o tema. Confira abaixo:
1. Pensamento suicida não é brincadeira, charminho ou frescura.
2. Ideias e ações suicidas não são para chamar atenção.
3. Não é falta de fé, não é falta de Deus.
4. É necessário ouvir o outro sem nenhuma forma de preconceito e/ou julgamento.
5. Acolhimento e atenção são fundamentais na prevenção.
6. Faça uma pequena rede de apoio, sem exposição do outro.
7. Procure ajuda de alguns amigos e grupos.
8. Atenção as mudanças de comportamento e aos sentimentos de inutilidade, culpa e falta de esperança.
9. Na maioria dos casos as pessoas que cometeram suicídio apresentavam pelo menos um transtorno mental, por isso é necessário acompanhamento de psicólogo e psiquiatra.
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