Chegamos à metade
de 2020 e desde o dia 19 de março estamos fisicamente fora de nossas Igrejas.
Em contrapartida, elas entraram em nossas casas, graças ao exercício de
imaginação que passamos a perseguir e tornou-se relevante entre nós. Nenhuma
celebração religiosa do calendário católico deixou de ser vivida por aqui. Por
sinal, de forma muito participativa. O presencial deu lugar ao virtual e,
assim, passamos pela Semana Santa, Páscoa, Mês Mariano e, mais recentemente,
pelo dia de Corpus Christi.
Não sabemos até quando será assim. Nem como tudo isso vai acabar. Certeza, por enquanto, só temos em relação ao efeito devastador do coronavírus, que tem sido, muitas vezes, inflexível. Se o escritor Fernando Sabino tiver razão quando diz no poema De Tudo Ficaram Três Coisas que “façamos da interrupção um caminho novo”, podemos caprichar mais ainda no desenvolvimento do nosso olhar humanista e nos tornarmos mais espirituais, cooperativos e mais atentos aos menos favorecidos.
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