Todos os anos, a cena se repete. Milhares de pessoas sobem o
Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife, no dia 8 de dezembro, para render
louvores, fazer pedidos e pagar promessas por graças alcançadas. Tida como
padroeira afetiva da cidade – a oficial é Nossa Senhora do Carmo, a imagem de
Nossa Senhora da Conceição envolve um dos principais dogmas marianos: a
Imaculada Conceição de Maria. Em 2020, no entanto, por conta da pandemia, todas
as comemorações precisaram ser diferentes: sem procissões, sem festas de rua,
mas ainda com muita fé.
A festa da Imaculada Conceição foi instituída pelo papa
Sisto IV, lá em 1477. Nos dias atuais, a solenidade da Imaculada Conceição de
Maria, em 8 de dezembro, é obrigatória na Igreja Católica. O dogma – uma
verdade de fé, inquestionável – foi estabelecido em 1854, pelo papa Pio IX, e
diz que a Virgem Maria foi preservada por Deus, do pecado, desde o primeiro
instante de sua existência. Sua vida também foi inteiramente livre de qualquer
mácula. A explicação, para tal condição – já que, pela fé católica, todos
nascemos com o pecado original – é que Maria, destinada a ser a mãe do Filho de
Deus, precisava ter uma vida completamente sem pecado, a fim de que Jesus
nascesse de um ventre imaculado.
No Recife, é comum haver novenas, romarias, procissões e
diversas homenagens a Nossa Senhora da Conceição, no santuário a ela dedicada,
no topo do morro que leva seu nome. A Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, em
Casa Forte, é uma das que, anualmente, realiza procissão até o Morro, na
madrugada do dia 8 de dezembro. Neste ano, não pudemos realizar nossa
tradicional caminhada, mas a data também não passou em branco.
Na Igreja Matriz, houve a celebração solene da Imaculada
Conceição de Maria, precedida pelo Ofício da Imaculada Conceição e de um
pequeno louvor, conduzido por nosso pároco, padre Fábio Paz, com animação do
grupo Éfata. Os fiéis presentes e os que acompanhavam a transmissão da missa
pelas redes sociais puderam venerar Nossa Senhora e agradecer pelas graças que
ela derrama sobre todos, como nossa intercessora junto a Jesus. Ao final da
celebração, um grupo de pessoas renovou sua consagração a Jesus, pelas mãos de
Nossa Senhora, através do método de São Luís Maria Grignion de Montfort.
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