Neste mês dedicado às missões, que tem como tema “A vida é missão” e, como lema, a passagem do profeta Isaias: “Eis-me aqui, envia-me” (cf.Is 6,8), lembremo-nos do que diz o papa Francisco, em sua Exortação Apostólica, Evangeli Gaudium (A alegria do Evangelho), capítulo III (120): “Em virtude do Batismo recebido, cada membro do povo de Deus tornou-se discípulo missionário (cf. Mt 28, 19). Cada um dos batizados, independentemente da própria função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito ativo de evangelização”.
Jesus
não escolheu os letrados, os doutores da lei, para serem seus seguidores, seus
discípulos, mas deu preferência aos mais pobres, os injustiçados, aos que
precisavam de Sua palavra para mudar a vida. Hoje, somos nós, leigos e leigas,
consagrados e consagradas e ministros ordenados que, pela misericórdia de Deus,
somos chamados a fazer da vida missão. O papa Francisco ensina que: (127) “Ser
discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de
Jesus”. Muitas vezes, essa abordagem
pode ser através (128) “de um diálogo pessoal, no qual a outra pessoa se
exprime e partilha as suas alegrias, as suas esperanças, as preocupações com os
seus entes queridos e muitas coisas que enchem o coração. Só depois desta conversa
é que se pode apresentar-lhe a Palavra, seja pela leitura de algum versículo ou
de modo narrativo, mas sempre recordando o anúncio fundamental: o amor pessoal
de Deus que Se fez homem, entregou-Se a Si mesmo por nós e, vivo, oferece a sua
salvação e a sua amizade. É o anúncio que se partilha com uma atitude humilde e
testemunhal de quem sempre sabe aprender, com a consciência de que esta
mensagem é tão rica e profunda que sempre nos ultrapassa”. Ensina ainda que “Se
parecer prudente e houver condições, é bom que este encontro fraterno e
missionário conclua com uma breve oração que se relacione com as preocupações
que a pessoa manifestou. Assim ela sentirá mais claramente que foi ouvida e
interpretada, que a sua situação foi posta nas mãos de Deus, e reconhecerá que
a Palavra de Deus fala realmente à sua própria vida”.
Peçamos a Deus que tenhamos a disposição do
Apóstolo Paulo que, humildemente, bradou “Ai de mim se eu não anunciar o
Evangelho” (Cf. 1Cor 9,16). Paulo evangelizou em muitos lugares, expandindo o
reino de Deus, ao ponto de fazer do anúncio a razão de sua vida. Belo exemplo a
ser seguido, nos dias de hoje.
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