Felicidade! Esta foi uma das palavras usadas por Maria Lúcia para definir o que o Colégio da Sagrada Família representa para ela. Foram anos dentro da unidade de ensino que a transformou de várias formas. "Me deu embasamento cristão, espiritual, visão de mundo e me trouxe experiências inesquecíveis", definindo, ainda mais, a relação de décadas que têm com o local. Isto mesmo, décadas! Foram quase 30 anos de trajetórias entrelaçadas diretamente. Indiretamente, as contas perdem- se no tempo.
A relação entre Lúcia e a escola começou ainda na infância, em meados dos anos 60, quando entrou no local como estudante do 1º ano ginasial (o que seria, em 2020, o 6º ano). E foi dentro de uma sala de aula do Sagrada Família que encontrou uma profissão. Tornou-se professora e inverteu os papéis. De aprendiz, passou a 'mestre'. Foram cerca de 20 anos lecionando, ensinando e aprendendo diariamente. Com carinho, ela lembra do espaço que tanto mudou sua vida. "Uma vez, Padre Edwaldo falou pra mim: 'aqui, nesta capela, você já entrou muitas vezes. Ela a viu criança, né? Aqui, você aprendeu as coisas boas da vida'..", conta.
E, se você pensa que a relação de Lúcia com o colégio é puramente educacional, está enganado. Foi na capela do Sagrada Família que casou e renovou os votos de casamento, anos depois. Para ela, o espaço é um lugar de pura memória afetiva. "Cada vez que eu entro lá, todas as memórias vêm em mim; é tão natural como a Praça de Casa Forte, sabe?", continua. Por falar em família, os filhos dela também estudaram na unidade de ensino.
Danielle Leal, filha de Lúcia, conta que sua relação com o colégio veio muito antes de se tornar uma das alunas da instituição. "Minha relação com ele vem de antes: minha mãe, assim como boa parte da sua família, estudou nele", explica. Ela fala ainda que tudo sempre foi muito familiar. "Posso dizer que o Colégio, além de contribuir com a minha formação acadêmica e de valores cristãos, era o meu “quintal de casa”'', brinca. Assim como sua mãe, Danielle também lembra dos momentos especiais que viveu no local. "É sempre muito bom voltar lá e relembrar os bons momentos vividos: as idas à gruta, as orações na Capela, as salas de aulas, as preparações para as festas, os ensaios da Banda... tudo muito especial", finaliza.
Do Sagrada Família, além das memórias, Lúcia guarda amizades antigas. Até hoje, tem contato com a irmã Emília Tereza, com quem fala ao menos uma vez por semana. E faz questão, também, de manter contato com outras pessoas como ex-alunos e ex-professores. "Temos até grupo no WhatsApp", diz. E foi através de um destes grupos que recebeu a notícia de que o colégio irá encerrar suas atividades em dezembro de 2020. Mesmo com a tristeza do encerramento, Lúcia diz que o tempo em que esteve no Sagrada Família foi o mais feliz de sua vida. Assim como ela e Danielle, outras pessoas devem ter tantas memórias especiais do colégio, que está localizado na Praça de Casa Forte, há mais de 100 anos.
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